O governo da Venezuela decidiu colocar navios da Marinha em alto mar para realizar patrulhas nas regiões costeiras do país, em uma ação anunciada nesta terça-feira (26) pelo ministro da Defesa, Padrino López. A medida ocorre em meio à pressão dos Estados Unidos sobre o presidente Nicolás Maduro e inclui a mobilização de 15 mil militares, além do uso de helicópteros e drones, com foco nos estados de Zulia e Táchira, na fronteira com a Colômbia.
A operação militar, que começou no início do ano para combater grupos criminosos na fronteira, não menciona diretamente as ameaças dos EUA contra Maduro. Entretanto, a movimentação é vista como uma resposta ao cerco imposto pelo governo de Donald Trump, que classificou Maduro como chefe do cartel de Los Soles, sem apresentar provas concretas. Essa nova postura dos EUA reflete uma mudança nas políticas de combate ao tráfico internacional de drogas e pode abrir precedentes para operações militares em outros países sob a justificativa da guerra ao terrorismo.
Atualmente, três navios de guerra norte-americanos se dirigem à costa venezuelana, intensificando as tensões na região. A situação levanta preocupações sobre possíveis desdobramentos militares e as implicações para a segurança regional, especialmente considerando o histórico de intervenções americanas na América Latina. A Venezuela, por sua vez, busca reafirmar sua soberania diante das ameaças externas e fortalecer suas capacidades defensivas.