A Venezuela anunciou uma operação de patrulhamento com navios e drones, conforme declarado pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López. A medida ocorre em meio ao aumento das tensões na fronteira com a Colômbia e após o envio de três navios de guerra dos Estados Unidos para a região, mobilizando cerca de 4.000 militares. Padrino López destacou que a operação cobrirá um terço da fronteira e as águas ao norte do país, embora não tenha confirmado se é uma resposta direta à presença militar norte-americana.
A operação contará com 15.000 militares e 60 Unidades de Reação Rápida, além de um destacamento significativo de drones para diversas missões, incluindo vigilância e patrulhas navais. O ministro afirmou que os comandantes receberão ordens para agir rapidamente, citando o conhecimento do território e das ameaças representadas por grupos armados e narcotraficantes na fronteira. A situação é ainda mais complexa devido ao recente aumento da violência na Colômbia, onde dissidências das Farc têm gerado instabilidade.
As implicações dessa operação são significativas, pois refletem a crescente tensão entre Venezuela e Estados Unidos, exacerbada por acusações de narcotráfico contra o presidente Nicolás Maduro. A resposta venezuelana pode intensificar o conflito regional e complicar as relações entre os dois países, especialmente em um contexto onde a Colômbia também enfrenta desafios relacionados ao tráfico de drogas e à segurança interna. O governo colombiano é instado a agir para garantir a paz na fronteira.