O governo da Venezuela convocou a população para se alistar na Milícia Nacional Bolivariana após os Estados Unidos anunciarem o envio de navios militares para a costa do país. No último fim de semana, milhares de venezuelanos se reuniram na praça Bolívar, em Caracas, para se inscrever e demonstrar apoio ao governo de Nicolás Maduro. A inscrição foi simples e visou mostrar a mobilização popular em defesa da soberania nacional, desafiando a percepção de descontentamento entre a população.
A Milícia Nacional Bolivariana, formada por civis e militares aposentados, é considerada uma das cinco forças armadas da Venezuela. O governo afirma que cerca de 5 milhões de milicianos já estão ativos no país. Durante o alistamento, muitos cidadãos expressaram seu desejo de defender a soberania nacional e apoiar Maduro, ressaltando que a defesa do país é um dever cívico. Professores e técnicos que se alistaram destacaram a importância do patriotismo e da unidade na defesa territorial.
Além do apoio interno, aliados internacionais como China e Rússia manifestaram solidariedade à Venezuela diante das ameaças dos EUA. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China criticou qualquer ação que comprometa a soberania venezuelana, enquanto o ministro russo expressou apoio ao povo do país. A mobilização não apenas reforça a posição do governo, mas também evidencia as tensões geopolíticas na região, com implicações significativas para a segurança e a política externa da Venezuela.