Um vazamento de esgoto no Rio Pinheiros, próximo à Ponte Eusébio Matoso, na Zona Oeste de São Paulo, resultou em uma mancha escura nas águas e mau cheiro, conforme relatado nos últimos dias. A Sabesp, responsável pelo sistema de saneamento, confirmou a falha e alertou para o risco de novos incidentes até que a substituição dos equipamentos na Estação Elevatória de Pinheiros, que bombeia os resíduos, seja concluída.
Considerada o maior sistema de bombeamento de esgoto do Brasil, a estação opera ininterruptamente, atendendo 3,8 milhões de moradores da capital. Atualmente, uma das quatro bombas está fora de operação, ultrapassando seu prazo de vida útil, já que foi instalada em 2000 e deveria ter sido substituída há cinco anos. A previsão para o conserto é de dois meses, mas as novas bombas, que virão da Suíça, só devem chegar no primeiro semestre de 2026.
De acordo com Nivaldo Rodrigues da Costa Júnior, diretor regional da Sabesp, a capacidade de algumas bombas não está plena, especialmente durante horários de pico, resultando em extravasamentos. A Sabesp também informou que o volume de esgoto na estação aumentou entre 2021 e 2022 devido ao programa Novo Rio Pinheiros, e, embora o vazamento recente tenha sido contido, o risco de novos problemas persiste.
A Cetesb, órgão ambiental, multou a Sabesp em mais de R$ 1 milhão após ser notificada do vazamento e ressaltou que a estação possui um histórico de problemas operacionais. Este incidente não é isolado, já que em junho, a Sabesp foi reportada despejando 216 milhões de litros de esgoto por dia no Córrego Mandaqui, após o colapso de uma tubulação na Marginal do Tietê.