O comércio varejista da capital paulista apresentou, no primeiro semestre de 2024, a maior taxa de rotatividade desde 2020. Um levantamento realizado pelo Sindilojas-SP revelou que 30,3% dos aproximadamente 600 mil trabalhadores ativos trocaram de emprego entre janeiro e junho. O presidente do Sindilojas-SP, Aldo Nuñez Macri, destaca que esse fenômeno reflete um mercado de trabalho aquecido, onde muitos buscam melhores oportunidades, além de enfrentar barreiras como a média salarial e as perspectivas de carreira.
O estudo também aponta que os setores com maior rotatividade incluem o comércio de artigos usados e lojas de conveniência, com taxas de 53,1% e 44,9%, respectivamente. A média de permanência dos trabalhadores que deixaram seus postos era de cerca de 18 meses, sendo que a maioria eram mulheres e jovens com ensino médio completo. Macri observa que, apesar da média salarial do setor ser de R$ 2.500, as pequenas e médias empresas têm dificuldade em oferecer benefícios competitivos, o que impacta na retenção de talentos.
As implicações dessa alta rotatividade são significativas para os varejistas, que enfrentam custos elevados com recrutamento e treinamento. Macri enfatiza a necessidade de fidelizar não apenas os clientes, mas também os funcionários, para garantir a estabilidade operacional no setor. A situação exige uma reflexão sobre como as empresas podem melhorar suas ofertas e condições de trabalho para reter seus colaboradores em um mercado cada vez mais competitivo.