A mineradora Vale (VALE3) apresentou uma queda de 24% em seu lucro líquido no segundo trimestre de 2025, totalizando US$ 2,12 bilhões, devido à desvalorização do minério de ferro no mercado internacional. Apesar do cenário desafiador, a empresa conseguiu manter uma performance operacional robusta, conforme análise de Guilherme Nippes, analista de mineração da XP, durante o programa Morning Call da instituição nesta sexta-feira, 1º de setembro.
Nippes destacou que a Vale demonstrou eficiência nos custos operacionais, com uma redução significativa no custo C1, que se refere diretamente à extração de minério. Essa melhora é atribuída ao progresso na produção do Sistema Norte, localizado em Carajás, no Pará, que possui custos menores em comparação a outras plataformas da empresa. O analista ressaltou que a performance positiva nos custos foi um fator crucial para mitigar os impactos da queda nos preços da commodity.
Além disso, o especialista mencionou que a operação de cobre também apresentou redução de custos, enquanto a área de níquel teve uma performance operacional forte, com ajustes que contribuíram para a melhoria nos resultados. A análise sugere que, apesar da pressão do mercado, a Vale está se adaptando e mantendo sua competitividade no setor.