O União Brasil (UB) confirmou sua saída do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após uma reunião da cúpula do partido, realizada na última sexta-feira. A decisão, que ocorre um dia após o anúncio de ruptura pelo governador Ronaldo Caiado, implica na entrega de dois dos três ministérios que o partido ocupa atualmente. A informação foi divulgada pela jornalista Andreza Matais, do Metrópoles.
O deputado federal José Nelto, membro do UB, enfatizou a urgência da saída, afirmando que o partido não pode continuar a apoiar o governo sem compromisso. "Tem que sair agora. Não pode usar o governo e abandonar depois", declarou. A insatisfação com a administração de Lula tem crescido, especialmente após conflitos entre o dirigente da federação UB-PP, Antonio Rueda, e o presidente, além da deterioração da imagem do governo devido a crises recentes.
Durante um evento em São Paulo, Rueda criticou as políticas fiscais do governo e afirmou que não apoiará a reeleição de Lula. Ele ressaltou que o compromisso do União é com princípios, não com cargos, e que a autonomia do partido não será negociada. Com a saída do UB, apenas o ministro Waldez Góes, da Integração Nacional, deve permanecer no governo, enquanto Celso Sabino (Turismo) e Frederico Siqueira (Comunicações) estão com suas saídas iminentes.
A decisão do União Brasil reflete uma tendência crescente entre os partidos que compõem a base do governo, que enfrentam pressões internas e externas para reavaliar seu apoio ao atual governo federal.