Dados alarmantes do Mapa Nacional da Violência de Gênero indicam que, nos primeiros seis meses de 2025, uma mulher foi vítima de violência sexual a cada 12 horas no estado de São Paulo. O levantamento, divulgado pelo Senado Federal, aponta um total de 747 casos, dos quais 677 foram consumados e 70 tentados, refletindo um cenário preocupante de violência contra a mulher na região.
A pesquisa revela que a maior parte dos episódios (62,5%) ocorreu em residências, seguidos por vias públicas (20,6%) e estabelecimentos comerciais (9,2%). A vitimização é mais frequente entre mulheres de 30 a 59 anos (34,1%), com dados nacionais mostrando que a maioria das vítimas é composta por mulheres pardas (33,5%). Raquel Gallinati, presidente da Adepol, destaca que a subnotificação é um grande obstáculo para o combate à violência, podendo chegar a 80% dos casos.
As implicações desses dados são profundas, pois revelam não apenas a gravidade da violência sexual em São Paulo, mas também a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para enfrentar essa questão. A subnotificação, que afeta a percepção da realidade da violência contra a mulher, exige uma mobilização social e institucional para garantir que as vítimas sejam ouvidas e protegidas. A luta contra essa forma de violência requer coragem e um esforço coletivo para romper o ciclo de silêncio e estigmatização que ainda persiste na sociedade.