A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou neste domingo que a União Europeia está elaborando ‘planos bastante precisos’ para o envio de tropas à Ucrânia como parte das garantias de segurança pós-conflito. Em entrevista ao Financial Times, Von der Leyen destacou que as capitais europeias estão em sintonia com a Casa Branca sobre esse roteiro claro, que poderia envolver a mobilização de dezenas de milhares de soldados europeus com apoio dos EUA em termos de comando e recursos de inteligência.
A proposta surge em um contexto de crescente tensão entre a Rússia e a OTAN, com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia considerando inaceitável qualquer envio de tropas da aliança militar para a Ucrânia. O ministro russo, Sergei Lavrov, reiterou que Moscou está disposta a discutir aspectos políticos do acordo com Kiev, mas ainda aguarda uma resposta sobre propostas apresentadas nas negociações em Istambul em 2022. A situação permanece delicada e pode ter implicações significativas para a segurança na região.
As declarações de Von der Leyen e as reações russas indicam um cenário complexo e potencialmente volátil na Europa Oriental. O envolvimento militar da UE na Ucrânia, apoiado pelos EUA, pode alterar o equilíbrio de poder na região e intensificar as hostilidades com Moscou. À medida que as negociações continuam, o futuro da segurança na Ucrânia e as relações entre a Rússia e o Ocidente permanecem incertos.