Neste domingo (24), a Ucrânia lançou uma série de ataques com drones contra alvos na Rússia, resultando em um incêndio na Usina Nuclear de Kursk. A ofensiva coincidiu com as celebrações do Dia da Independência ucraniana e expressou a frustração do governo de Volodimyr Zelensky com o impasse nas negociações de paz com Moscou. Apesar das tentativas de mediação por parte dos Estados Unidos, a Rússia descartou um encontro entre Putin e Zelensky, esfriando as expectativas de um acordo.
O conflito, que já dura mais de três anos e deixou dezenas de milhares de mortos, continua estagnado, embora a Rússia tenha conquistado algumas vilas na região de Donetsk. Em resposta aos avanços russos, Kiev intensificou seus ataques com drones, visando a infraestrutura crítica da Rússia, especialmente no setor de petróleo. A Usina Nuclear de Kursk, onde um drone foi abatido e provocou um incêndio controlado, é um exemplo dos riscos associados aos combates próximos a instalações nucleares, conforme alertas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Zelensky declarou que a Ucrânia não cederá território e que sua independência está garantida, enfatizando que o país é um lutador e não uma vítima. Enquanto isso, o primeiro-ministro canadense Mark Carney participou das comemorações em Kiev, defendendo uma paz justa para a Ucrânia. Apesar dos apelos internacionais por um cessar-fogo, o governo russo continua a rejeitar qualquer acordo sem condições, prolongando assim o conflito e suas consequências devastadoras para a população civil.