A guerra entre Rússia e Ucrânia ganhou novos capítulos neste domingo, 24 de agosto, quando Kiev lançou uma série de ataques com drones contra alvos em território russo, coincidindo com as celebrações do Dia da Independência ucraniana. Um dos incidentes mais graves ocorreu na Usina Nuclear de Kursk, onde um drone abatido explodiu ao cair sobre a área da instalação, provocando um incêndio que foi rapidamente controlado, sem vítimas ou alterações nos níveis de radiação. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) expressou preocupação com os riscos de combates próximos a centrais nucleares desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Além do ataque em Kursk, Moscou relatou incidentes em regiões afastadas da linha de frente, como no porto de Ust-Luga, onde dez drones foram derrubados e um atingiu um terminal de combustíveis da Novatek. Nos últimos meses, a Ucrânia intensificou o uso de drones para compensar sua inferioridade militar em relação ao exército russo, visando a infraestrutura de petróleo para reduzir as receitas de guerra de Moscou. Em resposta, a Rússia lançou um míssil balístico e 72 drones kamikaze contra a Ucrânia, dos quais 48 foram interceptados pela força aérea ucraniana.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que os ataques refletem a resposta do país quando seus apelos por paz são ignorados. Ele declarou: “A Ucrânia ainda não venceu, mas certamente não perderá. Nossa independência está garantida. A Ucrânia não é vítima; é um lutador.” A escalada dos ataques e as respostas militares indicam uma continuidade do conflito, com implicações significativas para a segurança regional e global.