A Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) anunciou, na quarta-feira (6), que teve US$ 584 milhões em financiamento federal congelados pelo governo do presidente Donald Trump. O reitor da instituição, Julio Frenk, divulgou um comunicado detalhando a situação financeira, ressaltando que os prêmios extramurais estão suspensos e em risco.
Esse congelamento representa um dos maiores cortes de fundos federais já aplicados a uma universidade nos Estados Unidos e faz parte de uma série de ações do governo Trump contra instituições de ensino superior que, segundo a administração, não controlaram adequadamente manifestações consideradas antissemitas relacionadas ao conflito na Faixa de Gaza.
Recentemente, a UCLA concordou em pagar mais de US$ 6 milhões para encerrar um processo movido por estudantes e um professor que alegaram a presença de antissemitismo na universidade. Além disso, a instituição enfrenta outro processo judicial relacionado a um ataque violento a manifestantes pró-Palestina durante protestos em 2024.
Outras universidades também estão sob pressão do governo federal, com cortes de financiamento ameaçados. A Universidade Columbia e a Universidade Brown já firmaram acordos financeiros para resolver questões semelhantes. O presidente da UC, James Milliken, afirmou que a instituição está disposta a dialogar com o governo para restaurar seu financiamento, enquanto defensores dos direitos civis expressam preocupações sobre a liberdade acadêmica e a crescente intolerância durante o conflito.