O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou novas suspeitas sobre a manipulação dos dados do relatório de criação de empregos, conhecido como payroll, durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca nesta sexta-feira, 1º de setembro. Trump anunciou a demissão de Erika McEntarfer, comissária do Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS), e a nomeação interina de William Wiatrowski para o cargo. O republicano afirmou que fez 'a coisa certa' ao demitir McEntarfer e revelou ter 'três nomes em mente' para sua substituição.
Além de criticar a comissária demitida, Trump reiterou suas suspeitas de que dados anteriores do payroll teriam sido manipulados para beneficiar a ex-vice-presidente Kamala Harris nas eleições do ano passado, embora não tenha apresentado evidências para sustentar suas alegações. A demissão de McEntarfer gerou reações negativas entre ex-comissários do BLS, que a consideraram uma escalada sem precedentes nos ataques de Trump ao sistema de divulgação de dados.
Em um comunicado, os ex-comissários William Beach e Erica L. Groshen pediram ao Congresso que investigue os motivos da demissão, ressaltando a importância de preservar a integridade apartidária do cargo. Eles afirmaram que a declaração do presidente enfraquece princípios fundamentais e politiza dados que devem ser tratados de forma neutra. O grupo também defendeu a prática do BLS de revisar dados anteriores ao publicar o payroll, argumentando que a justificativa para a demissão de McEntarfer não tem mérito e prejudica a credibilidade das estatísticas econômicas federais.