O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma investida direta contra o Federal Reserve ao sugerir que existem pessoas ‘muito boas’ para substituir Lisa Cook, diretora da instituição. Embora não tenha autoridade para demiti-la sem justa causa, essa pressão levanta questões sobre a independência do banco central americano, fundamental para a maior economia do mundo. A medida não provocou reações imediatas no mercado financeiro, mas especialistas apontam que a situação é preocupante.
A acusação de fraude hipotecária contra Lisa Cook, originada de William Pulte, chefe da Agência Nacional de Financiamento de Habitação dos EUA, é vista como uma tentativa de Trump de ganhar influência sobre o Fed. Desde o início de seu mandato, Trump critica a política de juros do banco central, buscando reduções que poderiam estimular a economia, mas também arriscar o controle da inflação. A situação reflete um crescente enfraquecimento das instituições americanas e a possibilidade de interferência política nas decisões econômicas.
Caso Trump consiga maioria no conselho do Fed, as implicações podem ser significativas. A autonomia do banco central é crucial para manter a estabilidade econômica e a confiança dos investidores. A interferência política nas decisões monetárias pode minar essa confiança e gerar incertezas nos mercados, afetando não apenas os Estados Unidos, mas também economias globais, incluindo o Brasil.