Donald Trump intensifica sua pressão sobre o Federal Reserve, buscando controle sobre a política monetária dos Estados Unidos. Em uma declaração feita na terça-feira (26), Trump manifestou sua intenção de demitir a diretora Lisa Cook e afirmou que espera ter uma maioria no conselho do Fed, o que poderia resultar em juros mais baixos para aliviar a crescente dívida pública do país. Essa movimentação gera preocupações entre investidores e analistas sobre a possível perda de independência do banco central.
A escalada da ofensiva de Trump contra o Fed levanta questões sobre a saúde da economia americana. Especialistas, como Eric Leeper, professor da Universidade da Virgínia, alertam que os EUA podem estar caminhando para um cenário de ‘dominância fiscal’, onde a política monetária é influenciada por pressões políticas. Isso contrasta com a prática comum em bancos centrais avançados, que buscam manter a inflação sob controle sem interferências externas.
As implicações dessa situação são significativas, pois podem afetar a confiança dos investidores e a estabilidade do dólar. Com Trump indicando possíveis mudanças na liderança do Fed e sugerindo medidas para reduzir os custos da dívida pública, cresce o receio de que a política fiscal comece a moldar a política monetária de forma mais agressiva. A situação exige atenção redobrada, pois qualquer desvio na abordagem do Fed pode impactar não apenas os EUA, mas também a economia global.