O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou sua pressão sobre a Comissão Federal de Comunicações (FCC) para revogar as licenças das redes NBC e ABC, acusando-as de veicular uma programação tendenciosa. Em postagens nas redes sociais no último domingo, Trump afirmou que as emissoras, pertencentes à Comcast e à Disney, respectivamente, transmitem “histórias ruins” sobre ele e sugeriu que deveriam ser cobradas por seu uso do espectro público. A FCC, uma agência federal independente responsável pela concessão de licenças de radiodifusão, não se manifestou imediatamente sobre as declarações de Trump.
A FCC já tomou medidas para investigar as práticas das emissoras, com seu presidente Brendan Carr afirmando que o setor de mídia precisa de uma “correção de rumo”. Recentemente, a FCC aprovou uma fusão entre a Paramount Global e a Skydance Media, impondo condições para garantir a imparcialidade na programação. No entanto, a comissária democrata Anna Gomez criticou a FCC por impor controles sem precedentes sobre decisões jornalísticas, o que poderia infringir a Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
As declarações de Trump e as ações da FCC levantam preocupações sobre a liberdade de imprensa nos Estados Unidos e o papel do governo na regulamentação da mídia. A pressão sobre as emissoras pode ter desdobramentos significativos para a cobertura jornalística e a independência editorial, especialmente em um ambiente político polarizado. O debate sobre o uso do espectro público e a responsabilidade das emissoras em relação à veracidade das informações continua em pauta.