Neste fim de semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sua intenção de emitir um decreto que endurecerá as regras de votação para as próximas eleições presidenciais. Entre as medidas propostas, está a exigência de que os eleitores apresentem documento de identidade nas seções eleitorais e a limitação severa do voto pelo correio, que seria permitido apenas para pessoas gravemente doentes e militares em serviço. Trump afirmou: “A identificação do eleitor deve fazer parte de cada voto. SEM EXCEÇÕES!”.
A proposta de Trump ocorre em um contexto de crescente polarização política e desconfiança em relação ao sistema eleitoral americano. Ele tem defendido há anos que o voto por correspondência foi um fator crucial em sua derrota nas eleições de 2020, alegações que foram amplamente refutadas por autoridades e juízes. Além disso, Trump questiona a autoridade dos estados sobre a organização das eleições, propondo que o governo federal tenha maior controle sobre o processo.
A nova ofensiva de Trump para modificar as regras eleitorais acontece a um ano das eleições legislativas de meio de mandato, marcadas para 3 de novembro de 2026. Essas eleições são vistas como um referendo sobre as políticas de Trump desde seu retorno ao poder em janeiro. A proposta pode intensificar o debate sobre a integridade das eleições nos EUA e provocar reações tanto no cenário político quanto na sociedade civil.