O governo de Donald Trump está em negociações para adquirir cerca de 10% de participação na Intel, conforme revelado por um funcionário da Casa Branca e outras fontes. Essa medida poderia transformar os EUA no maior acionista da fabricante de chips, que enfrenta desafios financeiros e tecnológicos significativos. A administração avalia a possibilidade de converter parte dos subsídios concedidos à empresa pela lei Chips and Science Act em ações, com a Intel recebendo US$ 10,9 bilhões destinados à produção comercial e militar.
A Intel, sob a liderança do novo CEO Lip-Bu Tan, busca reverter sua crise com cortes de custos e demissões, enquanto as vendas permanecem estagnadas e os prejuízos se acumulam. A notícia sobre o possível investimento federal inicialmente impulsionou as ações da empresa, mas as recentes revelações sobre as negociações resultaram em uma queda de 3% nas ações. O governo ainda considera a conversão de outros subsídios em participações acionárias, embora não esteja claro se essa ideia tem apoio dentro da administração.
A situação da Intel é uma preocupação crescente para Washington, especialmente à medida que a empresa perde terreno para concorrentes como a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC). A intervenção do governo na indústria de semicondutores reflete uma estratégia mais ampla para garantir a produção nacional de chips, que se deslocou para a Ásia nas últimas décadas. Se confirmada, a aquisição de participação na Intel se alinha a um padrão recente de maior envolvimento governamental em setores considerados estratégicos.