Em um movimento que intensifica as tensões comerciais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um aumento de tarifas que pode chegar a 50% sobre produtos importados do Brasil, a partir da meia-noite desta quarta-feira (6). A decisão, que foi assinada na semana passada, afeta diretamente 36% das exportações brasileiras para os EUA, incluindo café e carne, enquanto itens como suco de laranja e aviação civil, essenciais para a Embraer, estão isentos.
Trump justifica a medida como uma resposta a questões políticas internas, incluindo o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que ele considera alvo de uma "caça às bruxas". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a ação, afirmando que a soberania e a democracia do Brasil estão sendo atacadas, e que a situação é sem precedentes em relação a tarifas aplicadas a outros países.
A nova política tarifária, que também se aplica a outros parceiros comerciais, como o Canadá, levanta preocupações sobre o impacto econômico nas relações bilaterais. O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, destacou que mais de 85% das exportações do Canadá para os EUA estão isentas de tarifas, contrastando com a situação brasileira. Trump, por sua vez, sinalizou que novas tarifas podem ser implementadas, especialmente direcionadas à Índia.