O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (30) um decreto que estabelece tarifas recíprocas sobre as exportações de diversos países, sendo o Brasil o mais afetado, com uma alíquota de 50%. As novas taxas, que variam de 10% a 41%, entrarão em vigor no dia 7 de agosto de 2025. O decreto exclui 694 produtos brasileiros, como suco de laranja e aviões, que estarão sujeitos a uma taxa de 10%.
Trump justificou a imposição das tarifas em uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citando o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos motivos. Além do Brasil, outros países também sofrerão aumentos nas tarifas, como o Canadá, que verá a taxa subir de 25% para 35% a partir de 1º de agosto.
O decreto inclui sobretaxas de 41% para a Síria, 39% para a Suíça e 35% para o Iraque, enquanto países como Vietnã e Tailândia conseguiram reduções nas tarifas. A China, por sua vez, permanece com uma tarifa de 30% sobre seus produtos, mas conseguiu uma prorrogação de uma trégua tarifária de 90 dias, sem novos avanços nas negociações.
A medida reflete uma estratégia de Trump de pressionar países com os quais os EUA têm relações comerciais, ao mesmo tempo em que busca facilitar negociações com a China, suspensa recentemente de restrições às exportações de tecnologia. As tarifas visam equilibrar o comércio e responder a questões de segurança nacional, segundo a Casa Branca.