O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto no final de julho que estabelece tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 6 de agosto de 2025. Especialistas do setor esportivo brasileiro avaliam que os efeitos dessa medida serão limitados, especialmente no curto prazo.
Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, destacou que o mercado esportivo nacional deve sentir impactos indiretos, mas que a movimentação financeira do esporte no Brasil representa menos de 1% do total global. Ele ressaltou que a percepção de relevância internacional do Brasil é superestimada e que a redução de empregos gerada pelas novas tarifas terá efeitos residuais.
Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude, concorda que o tarifaço não deve afetar significativamente o setor esportivo, uma vez que as tarifas se aplicam à importação de produtos brasileiros pelos EUA. Embora alguns exportadores que patrocinam clubes possam sentir os efeitos econômicos, a maioria dos patrocínios no futebol está concentrada em casas de apostas, o que torna o impacto marginal.
Vanessa Pires, CEO da Brada, afirmou que o setor esportivo está atento às mudanças, especialmente em áreas logísticas e de suprimentos. Ela expressou preocupação com os reflexos nos projetos incentivados, enfatizando a importância de fortalecer parcerias entre empresas e governos para garantir a continuidade e o impacto social positivo das iniciativas esportivas.