Na quinta-feira, 31, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de importação de 35% sobre produtos canadenses, em uma aparente retaliação ao primeiro-ministro canadense, Mark Carney. A decisão ocorre após Carney declarar que o Canadá reconheceria a Palestina em setembro, o que, segundo Trump, dificulta as negociações comerciais entre os dois países. O prazo para um acordo comercial expira nesta sexta-feira, 1º.
A nova tarifa, que eleva a taxa anterior de 25%, se aplica a produtos não cobertos pelo tratado comercial entre EUA, México e Canadá (USMCA). A Casa Branca justificou a medida como uma resposta à "inação" do governo canadense e ao comportamento de Carney. O primeiro-ministro canadense, que havia descrito as negociações como construtivas, admitiu que elas poderiam não ser finalizadas a tempo.
Além das tensões comerciais, os Estados Unidos impuseram sanções a membros da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), acusando-os de "internacionalizar o conflito com Israel". Essas sanções incluem a suspensão de vistos, o que pode dificultar a participação dos afetados na Assembleia-Geral da ONU, onde se espera que França, Canadá e Reino Unido discutam o reconhecimento da Palestina.
A situação se complica ainda mais com a Eslovênia, que se tornou o primeiro país europeu a adotar um embargo contra a venda de armas a Israel. A resposta israelense foi de desdém, considerando a decisão "irrelevante" devido ao baixo volume de comércio entre os dois países. A pressão internacional sobre Israel aumenta, enquanto o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, alerta sobre o crescente isolamento do país no cenário global.