O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou tarifas que variam de 10% a 50% sobre produtos importados de diversos países, a partir de 5 de outubro. A medida visa reduzir o déficit comercial do país, mas gera preocupações sobre possíveis impactos nas cadeias globais de suprimentos e na inflação. As tarifas mais altas foram anunciadas após intensas negociações com parceiros comerciais, incluindo Brasil, Suíça, Canadá e Índia.
As novas tarifas afetam mercadorias que já estavam em trânsito antes do prazo e que poderão entrar com taxas anteriores mais baixas. O governo Trump já havia estabelecido uma tarifa básica de 10% anteriormente, mas agora aplica taxas significativamente mais altas a alguns países. Por exemplo, produtos brasileiros enfrentam uma tarifa de 50%, enquanto a Índia terá uma taxa adicional de 25% devido à compra de petróleo russo.
Além disso, oito grandes parceiros comerciais, que representam cerca de 40% do comércio dos EUA, conseguiram acordos que resultaram em reduções tarifárias, com a União Europeia, Japão e Coreia do Sul reduzindo suas taxas para 15%. O Reino Unido obteve uma tarifa de 10%, enquanto outros países do Sudeste Asiático conseguiram taxas entre 19% e 20%.
Especialistas alertam que as novas tarifas podem levar a um rearranjo nas cadeias de suprimentos e um aumento gradual nos preços. A ordem de Trump também prevê tarifas adicionais de 40% sobre mercadorias que tentarem escapar das novas taxas, embora detalhes sobre a aplicação dessa medida ainda sejam escassos.