O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a questionar o sistema eleitoral americano ao anunciar, no dia 30 de agosto, que assinará uma ordem executiva exigindo identificação de eleitor em todos os votos e restringindo a votação pelo correio. Em sua rede social, Truth Social, Trump afirmou que “a identidade do eleitor deve constar em todos os votos. SEM EXCEÇÕES!”, permitindo o voto à distância apenas para militares e doentes graves. Essa iniciativa é parte de sua longa campanha para moldar as regras eleitorais a seu favor, sustentando sem provas que sua derrota para Joe Biden em 2020 foi resultado de fraude generalizada.
Apesar de dezenas de cortes federais terem rejeitado suas alegações e aliados republicanos confirmarem a lisura do pleito, o discurso de Trump se tornou um pilar de sua retórica política. Contudo, o poder da ordem executiva parece limitado, uma vez que as eleições federais são administradas em nível estadual. Governadores e tribunais estaduais podem bloquear tentativas de interferência direta da Casa Branca. Mesmo assim, a ameaça de ação executiva tem um impacto político significativo, levando republicanos em estados sob seu domínio a aprovar leis que endurecem o acesso ao voto.
Essas novas regras incluem exigências mais rigorosas de identificação e a redução dos dias de votação antecipada, afetando principalmente minorias e trabalhadores de baixa renda. A retórica de Trump também alimenta iniciativas anti-imigração e justifica deportações promovidas por seu governo. As eleições de 3 de novembro de 2026 representarão um teste crucial para sua estratégia, que já começa a corroer a confiança do eleitorado nas instituições democráticas.