Os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, começaram a enviar tropas para a América Latina com o intuito de enfrentar cartéis de drogas, uma medida que surge em meio ao aumento do consumo de substâncias como o fentanil. A operação, que envolve cerca de quatro mil marinheiros e fuzileiros navais, está focada em países como México e Venezuela, onde a produção de drogas é significativa. O governo Trump justifica essa ação como uma resposta à crise interna de consumo de drogas nos EUA, que tem causado milhares de mortes por overdose.
O Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 da ONU aponta que o uso de entorpecentes nos EUA cresceu, especialmente devido à epidemia de fentanil, que resultou em mais de 70 mil mortes por overdose apenas em 2023. A maioria do fentanil consumido nos EUA é fabricada em laboratórios no México, enquanto outras substâncias, como cocaína, têm origem na Colômbia, Bolívia e Peru. A nova postura agressiva do governo Trump visa desmantelar as redes de tráfico que abastecem o mercado americano.
A mobilização militar dos EUA também provocou reações na Venezuela, onde Nicolás Maduro anunciou a ativação de 4,5 milhões de milicianos em resposta às ameaças americanas. A tensão entre os dois países se intensifica com os EUA oferecendo uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura de Maduro, acusado de ser um dos principais narcotraficantes do mundo. Essa escalada militar pode ter implicações significativas para a segurança regional e as relações diplomáticas na América Latina.