O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, enviou três navios militares para a costa da Venezuela, com a justificativa de combater o tráfico de drogas em águas internacionais. A manobra, que deve se concretizar até a noite de quarta-feira, provoca alerta entre as diplomacias da América Latina, incluindo a do Brasil. Além dos navios USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, há possibilidade de deslocamento de aviões e submarinos para a região do Caribe.
A estratégia americana visa classificar grupos narcotraficantes como entidades terroristas, permitindo operações militares em nome da segurança nacional. Recentemente, Washington tem pressionado autoridades brasileiras a reconhecerem o PCC como grupo terrorista, com apoio de governadores e senadores. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, enfatizou que o narcotráfico representa uma ameaça à segurança dos EUA, enquanto Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para proteger o território nacional.
As tensões entre os EUA e a Venezuela aumentaram desde 2017, quando Trump reconheceu Juan Guaidó como presidente interino e impôs sanções ao petróleo venezuelano. Apesar da retórica agressiva, canais de negociação ainda existem em casos específicos. A escalada atual pode resultar em confrontos indiretos e repercussões políticas e econômicas significativas para toda a América Latina.