O governo de Donald Trump anunciou, em 19 de agosto de 2025, que está preparado para usar “todos os elementos do poder americano” contra o regime de Nicolás Maduro, intensificando a pressão militar e política sobre a Venezuela. A declaração foi acompanhada pelo envio de três destróieres equipados com sistema de mísseis guiados Aegis para o limite do mar territorial venezuelano, em uma operação que, segundo autoridades americanas, visa combater o narcotráfico na região do Caribe. A missão deve durar vários meses e reforça a estratégia de Washington de isolar Maduro, acusado de comandar uma rede criminosa ligada a cartéis internacionais de drogas.
A resposta de Maduro foi imediata. Em um pronunciamento transmitido pela televisão estatal, o líder venezuelano anunciou a mobilização de mais de 4,5 milhões de milicianos em todo o território nacional. Classificando o envio dos destróieres como uma ameaça à soberania do país, ele prometeu distribuir rifles para camponeses e membros das forças populares. “Não aceitaremos intimidações. A Venezuela está pronta para se defender de qualquer agressão imperialista”, declarou Maduro, reacendendo a tensão entre os dois países.
Esse clima de tensão reacende a crise diplomática entre os Estados Unidos e a Venezuela. Desde o início do novo mandato de Trump, a retórica contra Maduro se intensificou, com novas sanções e até uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura do presidente venezuelano, acusado de corrupção e tráfico internacional. A situação atual destaca a fragilidade da estabilidade na região e as implicações que um confronto militar poderia ter para a segurança hemisférica.