A administração Trump introduziu critérios mais rigorosos para avaliar o ‘bom caráter moral’ em pedidos de cidadania nos Estados Unidos. O novo memorando do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS), divulgado na sexta-feira, determina que a agência deve realizar uma avaliação mais abrangente dos candidatos, levando em conta não apenas a ausência de condutas inadequadas, mas também atributos positivos que demonstrem o alinhamento com os padrões da sociedade americana. Segundo Matthew Tragesser, porta-voz do USCIS, a cidadania americana deve ser concedida apenas aos ‘melhores dos melhores’.
Essa mudança ocorre em um contexto de restrições crescentes à imigração, com a administração Trump buscando limitar a entrada de certos grupos enquanto oferece caminhos alternativos para outros. Críticos alertam que essa nova abordagem pode aumentar a subjetividade e o viés político nas avaliações de imigração, levantando preocupações sobre a liberdade de expressão. Recentemente, um jornal estudantil da Universidade de Stanford processou a administração, alegando que ações contra imigrantes com opiniões pró-palestinas estão sufocando o discurso livre.
Além disso, a redefinição do ‘bom caráter moral’ pode impactar significativamente os candidatos à naturalização, que devem demonstrar envolvimento comunitário e cumprimento das obrigações fiscais, entre outros critérios. A nova política pode também abrir precedentes para a desnaturalização de cidadãos americanos, uma possibilidade que Trump já ameaçou utilizar contra aliados como Elon Musk. Essa mudança representa um desdobramento importante nas políticas de imigração dos EUA sob a administração atual.