O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira a destituição de Lisa Cook, diretora do Federal Reserve. O comunicado foi feito em uma carta publicada nas redes sociais, onde Trump afirmou que demitiria Cook caso ela não renunciasse, intensificando sua pressão sobre a economista. Cook, a primeira mulher negra a integrar a diretoria do Fed, declarou que não tinha intenção de se submeter à intimidação e que estava reunindo informações para responder a questionamentos sobre seu histórico financeiro.
A polêmica surgiu após alegações de que Cook havia designado um condomínio em Atlanta como sua residência principal enquanto mantinha uma hipoteca em Michigan. O diretor da Agência Federal de Financiamento da Habitação, William Pulte, levantou essas questões em um tuíte e pediu uma investigação à procuradora-geral dos EUA. A situação se complica ainda mais, pois Cook é uma das três diretores do Fed indicados pelo ex-presidente Joe Biden, cujos mandatos se estendem além do período de Trump na Casa Branca.
A destituição de Cook levanta preocupações sobre a independência do Federal Reserve e o impacto das ações de Trump na política econômica dos EUA. Maxine Waters, líder democrata no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, criticou a decisão de Trump, afirmando que as alegações contra Cook são um pretexto para substituí-la por alguém leal ao ex-presidente. O Departamento de Justiça também está investigando as alegações, o que pode ter desdobramentos significativos para a governança do banco central norte-americano.