O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a demissão de Lisa Cook, diretora do Federal Reserve (Fed), em uma ação sem precedentes na história do banco central americano. Trump justificou sua decisão afirmando que Cook teria fornecido informações falsas sobre contratos imobiliários pessoais, citando poderes constitucionais que, segundo ele, lhe permitiriam removê-la. Em resposta, Cook declarou que não renunciaria e contestou a autoridade do presidente para demiti-la.
A demissão de Cook ocorre em um contexto de crescente tensão entre Trump e o Fed, especialmente com seu presidente, Jerome Powell. Cook, que foi nomeada pelo ex-presidente Joe Biden e é a primeira mulher negra a ocupar o cargo, votou pela manutenção das taxas de juros na última reunião do comitê responsável por essa decisão. A alegação de Trump de que Cook cometeu fraude hipotecária foi feita após um pedido de investigação por um regulador aliado ao presidente.
As implicações dessa demissão podem ser significativas, levantando questões jurídicas sobre a autoridade do presidente em demitir membros do Fed. Especialistas sugerem que a Casa Branca precisará justificar sua ação em tribunal, o que poderia resultar em um impasse entre o banco central e a administração. A situação também gera incertezas sobre a política monetária dos EUA e a reação dos mercados financeiros diante da possibilidade de uma nova composição no Fed.