O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu, nesta segunda-feira (25), Lisa D. Cook, diretora do Federal Reserve (FED), o banco central norte-americano. O comunicado da dispensa foi publicado por Trump em sua rede social, Truth Social, onde ele afirmou que Cook pode ter feito declarações falsas em contratos de hipoteca, enfatizando a necessidade de confiança na honestidade dos membros do FED. Cook, que ocupava o cargo desde 2022 após ser indicada pelo presidente Joe Biden, foi a primeira mulher negra a integrar o conselho da autoridade monetária dos EUA.
A demissão ocorre em um contexto de crescente tensão entre Trump e a administração do FED, especialmente em relação às taxas de juros. O presidente tem pressionado a instituição para que reduza as taxas, argumentando que isso poderia estimular o crédito e impulsionar o crescimento econômico. Atualmente, as taxas de juros nos EUA estão entre 4,25% e 4,5% ao ano, um nível considerado elevado para combater a inflação.
As implicações dessa demissão são significativas, pois podem afetar a confiança do público nas políticas monetárias do FED e na estabilidade econômica do país. Além disso, a saída de Cook pode intensificar a guerra de narrativas entre Trump e o FED, especialmente com o discurso recente do presidente da instituição, Jerome Powell, que sinalizou uma possível redução nas taxas de juros, animando os mercados financeiros globalmente.