O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a entrada em vigor de tarifas recíprocas sobre produtos de 94 países, incluindo o Brasil, na madrugada desta quinta-feira (7). Em publicações na rede Truth Social, Trump destacou que 'bilhões de dólares em tarifas estão agora fluindo para os Estados Unidos', enfatizando que a medida visa corrigir desequilíbrios comerciais. As tarifas variam de 10% a 50%, sendo que o Brasil enfrenta uma taxa de 10%, além de 40% adicionais relacionados a questões políticas internas.
As tarifas, que foram implementadas às 1h01 pelo horário de Brasília, testam a estratégia de Trump para reduzir déficits comerciais sem causar grandes interrupções nas cadeias globais de suprimento. Oito grandes parceiros comerciais, que representam cerca de 40% dos fluxos comerciais dos EUA, conseguiram acordos que resultaram em reduções tarifárias, como a União Europeia e o Japão, que agora têm taxas básicas de 15%.
Especialistas em comércio, como William Reinsch do Center for Strategic and International Studies, afirmam que a nova política pode levar a um rearranjo nas cadeias de suprimento, com possíveis aumentos de preços nos EUA. Além disso, mercadorias em trânsito antes da nova tarifa poderão entrar com taxas anteriores mais baixas, mas a aplicação de tarifas adicionais sobre produtos transbordados de terceiros países ainda carece de detalhes claros por parte do governo americano.