Na noite da última quinta-feira (31), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que estabelece novas tarifas recíprocas para diversos países e territórios, com a maioria das medidas entrando em vigor a partir de 7 de agosto. O Brasil, que já enfrentava tarifas elevadas, verá sua alíquota total aumentar para 50%, a maior imposta pelos EUA a qualquer nação. Em contrapartida, a Argentina e outros países conseguiram manter tarifas mais baixas, fixadas em 10%.
Trump justificou as novas alíquotas ao afirmar que foram baseadas em informações de altos funcionários sobre a falta de reciprocidade nas relações comerciais e o impacto das tarifas de parceiros estrangeiros nas exportações americanas. A ordem foi publicada no site da Casa Branca, onde o presidente também mencionou questões de segurança nacional e o status das negociações comerciais.
As tarifas variam entre 10% e 41% para países com déficit comercial significativo em relação aos EUA. O Canadá, por exemplo, terá uma alíquota de 35%, enquanto a Nova Zelândia enfrentará 15%. A medida, além de impactar as exportações brasileiras, também é vista como uma retaliação às políticas do Brasil em áreas como tecnologia e ao processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com a nova tarifa de 50%, cerca de 35% das exportações brasileiras para os EUA estarão sujeitas a um aumento significativo nos custos, o que pode afetar a competitividade dos produtos nacionais no mercado americano. O Brasil, no entanto, possui a lista mais extensa de exceções, totalizando 694 produtos, incluindo metais, suco de laranja e petróleo.