O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta quinta-feira (31) que estabelece tarifas recíprocas entre 10% e 41% para diversos países, com o objetivo de combater práticas comerciais consideradas injustas e proteger a economia americana. A medida, que entra em vigor em 1º de agosto de 2025, eleva a tarifa sobre o Canadá de 25% para 35%, após o governo dos EUA não conseguir um acordo com Ottawa.
Além do Canadá, outros países também foram afetados pela nova política tarifária, incluindo Lesoto (15%), Vietnã (20%), Venezuela (15%), Turquia (15%), África do Sul (30%), Suíça (39%), Israel (15%), Camarões (15%), Chade (15%), Paquistão (19%) e Bangladesh (20%). Os países que não estão listados terão uma tarifa mantida em 10%.
Trump destacou que a decisão de aumentar as tarifas foi motivada pela falta de progresso nas negociações comerciais com o Canadá, mencionando uma ligação do primeiro-ministro canadense, Mark Carney, mas sem um diálogo efetivo entre os líderes. O presidente também criticou as altas tarifas que os agricultores americanos enfrentam ao exportar para o Canadá, afirmando que a situação precisa ser corrigida.
A nova ordem executiva é uma continuação da estratégia tarifária iniciada em julho, quando o governo americano enviou cartas a líderes de países com os quais mantém relações comerciais, estipulando tarifas que poderiam chegar a 50% caso não houvesse um acordo. Embora o Brasil tenha sido inicialmente listado com uma tarifa de 50%, o país foi posteriormente incluído em uma lista de exceções, com quase 700 itens isentos, embora setores como café e carne bovina possam enfrentar impactos significativos.