O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira (31) a ampliação das tarifas recíprocas sobre diversos países, incluindo uma alíquota de 50% para produtos brasileiros. As novas taxas, que variam entre 10% e 50%, entrarão em vigor a partir de 7 de agosto e geram preocupações sobre os efeitos na economia global e na inflação americana. O dólar abriu a sessão desta sexta-feira (1º) cotado a R$ 5,6184, refletindo a apreensão dos investidores.
O governo dos EUA justificou a medida como uma resposta a ações do Brasil que, segundo a Casa Branca, representam uma "ameaça incomum e extraordinária" à segurança nacional e à economia americana. Apesar da alta tarifa, mais de 700 itens, incluindo suco de laranja e combustíveis, foram isentos, o que especialistas consideram um recuo significativo de Trump. O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, afirmou que as negociações com os EUA estão apenas começando e que um programa de apoio aos setores afetados será anunciado em breve.
Alckmin também indicou que cerca de 35,9% das exportações brasileiras podem ser impactadas pelo tarifaço. O mercado financeiro aguarda dados econômicos dos EUA e balanços corporativos que podem influenciar as negociações. O Ibovespa, que inicia suas operações às 10h, já apresenta variações em resposta ao cenário internacional, enquanto o dólar acumula alta de 0,71% na semana e 3,08% no mês.