O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (25) que a China deve fornecer ímãs aos EUA ou enfrentará tarifas de 200% sobre produtos chineses. A declaração ocorre em um contexto de intensificação da disputa comercial e tecnológica entre as duas maiores economias do mundo, que já se envolvem em um ciclo de tarifas desde o início do chamado tarifaço.
A China expressou preocupações sobre o controle da oferta de terras raras e, em abril, incluiu itens como ímãs em sua lista de restrições de exportação. As terras raras são essenciais para a produção de diversos produtos modernos, incluindo smartphones e carros elétricos. O Brasil, que possui a segunda maior reserva global desse recurso, busca desenvolver sua capacidade industrial e atrair investimentos para agregar valor aos seus minerais.
As implicações dessa disputa são significativas, pois o Brasil tem uma oportunidade única de se posicionar como um player relevante no mercado global de terras raras. O Ministério de Minas e Energia está investindo em projetos para criar uma cadeia produtiva de ímãs permanentes e outras tecnologias relacionadas. Especialistas alertam que, apesar do potencial brasileiro, a China ainda detém a vantagem tecnológica nesse setor.