O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (25) que a China deve fornecer ímãs aos EUA ou enfrentará tarifas de 200% sobre produtos chineses. A declaração surge em um contexto de intensificação da disputa comercial e tecnológica entre as duas maiores economias do mundo, que já impuseram tarifas mútuas desde o início do chamado tarifaço.
A China expressou preocupação com o controle da oferta de terras raras, incluindo ímãs em sua lista de restrições de exportação como resposta às medidas americanas. As terras raras são essenciais para a produção de diversos produtos modernos, e o Brasil possui a segunda maior reserva mundial, com cerca de 21 milhões de toneladas, mas ainda exporta a maior parte de seus minerais sem valor agregado.
O Ministério de Minas e Energia do Brasil reconhece a necessidade de desenvolver tecnologia própria e atrair investimentos para a indústria de terras raras. Iniciativas como o Projeto MagBras e um fundo de participação de R$ 1 bilhão visam criar uma cadeia produtiva robusta, aproveitando a energia limpa do país. Especialistas alertam que, apesar do potencial brasileiro, a China ainda detém a vantagem tecnológica no processamento desses minérios.