O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (25) que poderá impor uma tarifa de 200% ou mais sobre ímãs da China, caso o país não forneça esses insumos ao mercado americano. A afirmação ocorre em meio ao agravamento da disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, centrada em materiais estratégicos como terras raras e ímãs. A tensão se intensificou após a China restringir a exportação desses itens em abril deste ano, em resposta às tarifas americanas que já alcançaram 145% sobre produtos chineses.
Trump ressaltou que a dependência dos Estados Unidos em relação aos ímãs chineses é um ponto crucial do conflito, uma vez que esses materiais são essenciais para setores como tecnologia e defesa. Ele reconheceu que os EUA levariam cerca de um ano para desenvolver uma produção própria em larga escala. A possível imposição da tarifa de 200% pode encarecer insumos e pressionar os preços ao consumidor, embora o governo minimize os riscos inflacionários. Exportadores chineses podem buscar novos mercados ou deslocar parte da produção para países como Vietnã e México para contornar as barreiras tarifárias.
Durante uma reunião com o presidente sul-coreano Lee Jae Myung, Trump mencionou ter recebido um convite do presidente chinês Xi Jinping para visitar Pequim, sugerindo que as negociações comerciais ainda estão em andamento. Em junho, Trump havia proposto um acordo que previa tarifas diferenciadas entre os dois países, mas a proposta não avançou. A disputa comercial entre EUA e China continua a repercutir no mercado global, com potenciais efeitos nas cadeias de suprimento internacionais e na competição por acesso a materiais essenciais.