O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (25) que poderá aplicar tarifas de 200% sobre produtos chineses caso a China não forneça ímãs aos EUA. Durante um encontro na Casa Branca com o presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, Trump criticou o monopólio chinês sobre o mercado global de ímãs, que representa cerca de 90% das exportações. As sobretaxas comerciais a Pequim estão pausadas desde 11 de agosto, mas Washington ainda mantém uma cobrança de 30% sobre produtos chineses.
A crescente tensão entre os EUA e a China se intensificou após o país asiático implementar restrições às exportações de elementos de terras raras, essenciais para a fabricação de eletrônicos como smartphones e carros elétricos. Em resposta, os EUA impuseram restrições comerciais e emitiram diretrizes para controlar a exportação de chips de inteligência artificial. Trump afirmou que o tratado comercial com a China exige que Pequim forneça todos os ímãs e terras raras necessárias, enquanto os EUA manterão o acesso de estudantes chineses às universidades americanas.
As negociações comerciais entre os dois países continuam, com uma nova trégua anunciada que se encerrará em 12 de novembro. Se não houver um acordo até essa data, as tarifas poderão aumentar significativamente, passando de 10% para 125% e de 30% para 145%. A situação atual destaca a importância estratégica dos ímãs e das terras raras nas relações comerciais entre as duas potências.