Na segunda-feira, 25 de agosto, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o governo americano não está mais financiando diretamente a Ucrânia. Em vez disso, Trump afirmou que os EUA estão lucrando com a venda de armas para aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que repassam parte desse material bélico para Kiev. Ele criticou administrações anteriores por terem comprometido cerca de US$ 350 bilhões em apoio ao país e elogiou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como um dos melhores negociadores que já conheceu.
Trump enfatizou que os Estados Unidos não estão mais fazendo pagamentos diretos à Ucrânia, mas sim negociando com a Otan, que paga integralmente pelas armas. Ele também afirmou que é “impossível” tanto a adesão da Ucrânia à Otan quanto a recuperação da Crimeia. O ex-presidente ressaltou que os EUA devem ter um papel de apoio nas garantias de segurança para Kiev, enquanto os países europeus devem assumir a responsabilidade principal.
A declaração de Trump ocorre em um contexto em que a Rússia condena o envio de armamentos à Ucrânia, alegando que isso apenas prolonga o conflito. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, reiterou que não pode haver segurança europeia sem a participação russa e que discussões sobre garantias de segurança para a Ucrânia sem Moscou são inviáveis. A situação continua a gerar tensões entre as potências envolvidas e levanta questões sobre o futuro do apoio ocidental à Ucrânia.