O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira (31) o adiamento da implementação de novas tarifas comerciais, que estavam programadas para entrar em vigor nesta sexta-feira (1º). A nova data para a aplicação das sobretaxas foi estabelecida para o dia 6 de agosto, com taxas que variam de 10% a 50% para diversos países. A medida afeta quase 60 nações, com destaque para Brasil e Índia, que enfrentarão tarifas de 50% e 25%, respectivamente.
A justificativa da Casa Branca para a imposição das tarifas é o déficit comercial dos Estados Unidos, embora o Brasil não apresente tal déficit. A decisão de Trump também está relacionada a questões políticas internas, incluindo a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro. O novo decreto altera o cenário comercial global, que historicamente se baseava na cooperação multilateral e na redução de tarifas desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Além das altas taxas, Trump firmou acordos com oito países e a União Europeia, que conseguiram reduzir as sobretaxas inicialmente propostas. A consultoria Bloomberg Economics prevê que a tarifa média dos EUA para produtos importados, que atualmente é de 2,3%, subirá para mais de 15% a partir da próxima semana. Especialistas alertam que essa mudança pode resultar em aumento de preços e impactos negativos na economia americana, desafiando a ideia de que as tarifas trarão de volta empregos ao país.