O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta terça-feira (5) suas alegações de que o Departamento de Estatísticas de Trabalho (BLS) manipula os números de emprego para beneficiar adversários políticos. Em uma entrevista à CNBC, Trump afirmou que cerca de 900 mil vagas foram retiradas dos cálculos após uma revisão, sugerindo que os dados foram alterados para favorecer a administração de Joe Biden antes das eleições.
Trump criticou a atualização estatística do BLS, que ocorre semestralmente, e declarou que os números positivos divulgados antes da eleição de 2020 ajudaram seu oponente. Ele descreveu o BLS como "antiquado" e "muito político", mas não apresentou evidências concretas para apoiar suas alegações. A CNBC destacou que a revisão dos dados foi divulgada em agosto de 2024, muito antes do período eleitoral.
Economistas e ex-dirigentes do BLS defenderam que as revisões são uma prática normal no processo de aferição de dados e não indicam fraude. Durante a entrevista, Trump também fez comentários controversos sobre imigrantes, associando-os a comportamentos violentos e instabilidade mental, o que gerou críticas por parte de diversos setores da sociedade.
As declarações de Trump refletem sua contínua oposição à administração Biden e sua estratégia de deslegitimar dados que não se alinham com sua narrativa política, em um momento em que ele busca apoio para uma possível candidatura em 2024.