Em 2024, cerca de 77 milhões de domicílios no Brasil enfrentam a grave realidade de que 29,5% deles não estão conectados à rede geral de esgoto, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo IBGE em 22 de agosto. O levantamento mostra que, em comparação a 2019, a situação se deteriorou, com apenas 70,4% dos lares agora tendo acesso ao esgoto tratado. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas, com apenas 31,2% e 51,1% de suas residências conectadas, respectivamente.
A pesquisa também revela que a maioria dos domicílios no Sudeste (90,2%) está ligada à rede geral, enquanto o Norte apresenta uma realidade alarmante, onde 36,4% dos lares utilizam métodos rudimentares de esgotamento. Além disso, apenas 51,8% do esgoto produzido no país é tratado adequadamente, o que agrava os problemas de saúde pública e saneamento. A situação é ainda mais crítica nas áreas rurais, onde apenas 9,4% dos domicílios têm acesso à rede de esgoto.
Esses dados ressaltam a urgência de políticas públicas eficazes para melhorar a infraestrutura de saneamento no Brasil. A disparidade entre as regiões indica a necessidade de investimentos direcionados para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a serviços básicos de saúde e higiene. Sem ações concretas, o país continuará enfrentando sérios desafios relacionados à saúde pública e ao meio ambiente.