Três pessoas, dois homens e uma mulher, foram diagnosticadas com encefalite equina venezuelana em Tabatinga, Amazonas, pela primeira vez neste ano. A informação foi confirmada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 26 de agosto de 2025, após a detecção do material genético do vírus por meio de tecnologia de PCR em tempo real. O virologista Felipe Gomes Naveca, da Fiocruz, destacou que esses casos representam uma causa subdiagnosticada de doenças febris agudas na Amazônia brasileira.
A encefalite equina venezuelana é uma doença viral transmitida por mosquitos que afeta tanto humanos quanto equinos. Segundo a Fiocruz, as sequelas da infecção podem variar em gravidade, afetando a qualidade de vida dos indivíduos com consequências motoras, cognitivas e emocionais. Apesar disso, a maioria dos casos se apresenta como uma doença febril sem consequências graves.
A descoberta dos casos ocorre em um contexto de crescente preocupação com a saúde pública na região amazônica. A Fiocruz, através da Rede Genômica, busca gerar dados sobre o comportamento dos vírus para melhorar o preparo do país no enfrentamento de pandemias e na produção de vacinas. A identificação precoce e o monitoramento da encefalite equina venezuelana são essenciais para mitigar os riscos à saúde da população local.