O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) decidiu suspender as investigações que envolvem o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, ao conceder habeas corpus em favor do dirigente nesta quinta-feira. As investigações, que fazem parte da Operação Caixa Preta da Polícia Federal, estão paralisadas até o julgamento final do processo.
Xaud foi um dos alvos da operação, que resultou na execução de dez mandados de busca e apreensão em Roraima e no Rio de Janeiro, incluindo a sede da CBF. O desembargador Jésus Nascimento, responsável pela decisão, argumentou que não existem elementos concretos que liguem o presidente da CBF à prática de crimes eleitorais, destacando a ausência de provas que comprovem sua participação em atividades ilícitas.
A defesa de Xaud, liderada pelo advogado Rafael de Alencar Carneiro, alegou que o dirigente sofreu “grave constrangimento ilegal” devido à busca e apreensão. O presidente da CBF estava sendo investigado por supostas conexões com a deputada Helena Lima e seu marido, Renildo Lima, ambos do MDB, em um possível esquema de compra de votos em Roraima. Xaud, que também é filiado ao MDB, tentou se eleger deputado federal em 2022, mas não obteve sucesso.
Em nota, Samir Xaud expressou sua confiança e determinação em continuar seu trabalho à frente da CBF, apesar da situação. "Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem", afirmou o dirigente, reafirmando seu compromisso com o futebol brasileiro.