Jocy Silva, de 41 anos, e Francisca Iraci, de 52, são exemplos de como pesquisas clínicas podem transformar prognósticos de câncer. Jocy, diagnosticada com câncer de mama metastático, participou de um estudo clínico com uma nova droga que combina quimioterapia e terapia-alvo. Após três anos de tratamento, ela viu seus nódulos praticamente desaparecerem e reconhece que a pesquisa foi a melhor oportunidade de sua vida.
Francisca, diagnosticada em 2011, também se beneficiou de um protocolo experimental que a manteve viva por mais de uma década, mesmo após a doença retornar. Inicialmente, ela enfrentou resistência familiar, mas hoje seu marido reconhece a importância da pesquisa em sua sobrevivência. "Meu câncer está estável há 14 anos e, com o tratamento, vivo como gosto", afirma.
Os estudos clínicos, que seguem rigorosos protocolos e são fiscalizados por comitês independentes, representam uma alternativa crucial para pacientes sem acesso a planos de saúde. O oncologista Felipe Cruz, que acompanha Francisca, destaca que esses tratamentos permitem que pacientes vivam com qualidade, mesmo após diagnósticos severos. A pesquisa clínica é um passo essencial para a introdução de novas terapias no Brasil, muitas vezes antes de sua aprovação oficial.
Esses casos ressaltam a importância das pesquisas clínicas na luta contra o câncer, oferecendo esperança e novas possibilidades de tratamento para aqueles que enfrentam a doença. A jornada de um novo medicamento pode levar até dez anos, passando por várias fases de testes antes de se tornar uma opção viável para os pacientes.