O contencioso de consumo passou a ser uma parte essencial da governança corporativa, impactando diretamente os balanços financeiros e a confiança do mercado. Com a pressão sobre provisões e caixa, as empresas estão repensando suas estratégias jurídicas, que agora exigem uma integração mais profunda entre as áreas jurídica, financeira e de controladoria.
Tradicionalmente, a contratação de escritórios externos tem mostrado limitações, especialmente em carteiras de grande volume. A pressão por redução de custos, quando aplicada de maneira linear, compromete a qualidade técnica e transforma o contencioso em um passivo insustentável. Para enfrentar esse desafio, as empresas estão adotando modelos que oferecem previsibilidade orçamentária e consistência jurídica, como fee por faixa de estoque e fee + performance.
Além disso, novas abordagens como co-sourcing e gestão compartilhada estão se tornando comuns, promovendo uma operação unificada que integra sistemas e define metas conjuntas. A utilização de modelos data-driven e educativos-redutores também se destaca, permitindo que as empresas alinhem suas operações jurídicas a indicadores de negócio auditáveis e a políticas de governança.
Essa transformação requer um esforço conjunto entre empresas e escritórios, que devem estar abertos a ajustar suas operações e métricas. O sucesso do contencioso de consumo depende da flexibilidade e da disposição para desenvolver soluções que atendam às exigências de governança e resultados do negócio.