Um trabalhador da mina subterrânea de cobre El Teniente, no Chile, faleceu neste sábado (2) após um acidente ocorrido na quinta-feira (31), quando um terremoto de magnitude 4,2 atingiu a nova unidade Andesita, localizada a cerca de 100 quilômetros ao sul de Santiago. A informação foi confirmada pela Codelco, a estatal responsável pela exploração do local. No total, cinco operários ficaram presos devido ao desabamento causado pelo tremor.
A operação de resgate, que envolve cerca de cem socorristas, tem avançado lentamente. Até a noite de sexta-feira (1º), apenas 4 dos 20 metros de material necessário para alcançar os trabalhadores haviam sido removidos, e ainda não há comunicação com os quatro operários restantes. O gerente geral da mina, Andrés Music, informou que os túneis onde os trabalhadores estão localizados estão colapsados, dificultando a operação de resgate.
Familiares dos trabalhadores expressaram preocupação com a falta de informações da Codelco. Michael Miranda, irmão de um dos operários presos, criticou a ausência de comunicação e apoio da empresa. Em resposta à tragédia, a ministra de Mineração, Aurora Williams, anunciou a paralisação das atividades da mina El Teniente, enquanto as autoridades investigam a origem do tremor, que pode ter sido natural ou resultado das atividades de perfuração.
O acidente reaviva memórias da tragédia de 2010, quando 33 mineiros ficaram presos por 69 dias em uma jazida no deserto do Atacama. Apesar do incidente, o Chile continua a ter uma das menores taxas de mortalidade na mineração global, com 0,02% em 2024, e permanece como líder na produção de cobre, com 5,3 milhões de toneladas no último ano.