Daniel Dias Lopes, de 45 anos, foi condenado a 9 anos, 8 meses e 12 dias de prisão por tráfico internacional de drogas e figura na lista de procurados da Interpol. Ele é investigado por movimentar R$ 982 milhões através de três empresas de combustíveis ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital), com operações em São Paulo e Paraná. Segundo a Polícia Federal, Lopes se tornou procurador da Duvale Distribuidora de Petróleo e Álcool em janeiro de 2019, quatro meses após cumprir pena em regime semiaberto. Apesar de a empresa ter operado como falida até 2020, sob sua gestão, a receita disparou para R$ 2,79 bilhões em 2021. As investigações revelam que os postos da rede recebiam dinheiro em espécie de forma fracionada, com até 2 mil depósitos diários. Lopes é considerado o principal articulador financeiro do PCC, que teria movimentado R$ 52 bilhões no setor. Os envolvidos utilizavam apelidos para dificultar o rastreamento das comunicações e são todos procurados pela Justiça. A Polícia Federal deflagrou recentemente as operações Tank e Carbono Oculto para aprofundar as investigações sobre esse esquema bilionário.