Traficantes de drogas têm adotado métodos engenhosos para transportar cocaína pelos rios da Amazônia, utilizando mantas de pirarucu como disfarce. Ao retirar as vísceras do peixe e acondicioná-lo entre camadas de gelo, os criminosos conseguem ocultar a droga, dificultando o trabalho dos cães farejadores da Polícia Militar. Essa prática revela a crescente sofisticação das operações do crime organizado na região.
Além do uso do pirarucu, outras estratégias incluem o transporte de cocaína em compartimentos ocultos em embarcações e até mesmo dentro de botijões de gás. A interligação entre o tráfico de drogas e atividades ilegais como a pesca predatória destaca a complexidade dos desafios enfrentados pelas autoridades na Amazônia. A utilização de rotas logísticas comuns para diferentes crimes torna a fiscalização ainda mais difícil.
As implicações dessa situação são alarmantes, pois não apenas facilitam o escoamento da cocaína, mas também comprometem a segurança pública e a preservação ambiental na região. O aumento da criminalidade e a dificuldade em coibir essas práticas levantam questões sobre a eficácia das políticas de combate ao tráfico e a necessidade de uma abordagem mais integrada e eficaz para enfrentar o crime organizado na Amazônia.